Eficiência energética?
Mais um verão quente que se instala, e nada como estar no fresco do gabinete de trabalho com o ar condicionado no máximo. No entanto, a que custo?
Sabemos que em Portugal a eficiência energética está longe de ser a regra.
No sector dos edifícios, e após muitos anos de inoperâncias, em 2007 entrará em vigor o sistema de certificação energética de edifícios (SCE). Já em 2006 foram publicados as novas versões do RCCTE e do RSECE.
Com estes regulamentos pretende-se, de uma forma geral, reduzir os consumos energéticos nos edifícios, aumentando assim a sua eficiência energética.
Mas a realidade de uma grande parte da nossa edificação, tanto de edifícios domésticos como de serviços, revela graves deficiências nestas áreas.
Soluções simples, como paredes duplas com isolamento e vidros duplos, só começaram a ser aplicadas nos últimos anos.
Como é do conhecimento geral, a edificação dos anos 80 e 90, principalmente nas áreas suburbanas, foi um exemplo a não seguir, tanto do ponto de vista energético, como do ponto de vista do ordenamento do território.
A eficiência energética, tanto nos edifícios, como em todas as actividades consumidoras de energia, tem de ser a primeira directiva na área da energia.
Não podemos continuar a gastar (mal) a energia como até agora.
Não podemos apontar o dedo só à falta de políticas estratégicas, porque o gesto simples de apagar a iluminação do quarto vazio ou de comprar um electrodoméstico mais eficiente, só depende de nós.
É possível ter conforto e ao mesmo tempo reduzir os consumos, a isto se chama ser eficiente!