Quinta-feira, Junho 11, 2009

Impacte visual e os aerogeradores

A energia eólica é talvez a “face mais visível” das energias renováveis. Não só por ser a energia renovável que mais se tem desenvolvido nos últimos 10 anos, mas também devido à sua incontornavelmente presença em muitos montes e serras.
Basta ir pela A8 (Lisboa, Leiria), para observar os muitos empreendimentos que em menos de 10 anos alteraram o horizonte desta região.

O impacte visual destes equipamentos é, sem dúvida, significativo, o que não quer dizer que seja negativo. As opiniões dividem-se, e vão desde "é bonito" até "é horrível".
Em termos de legislação, a mesma é reduzida ou inexistente quando falamos nas distâncias mínimas a zonas habitadas. Possivelmente apenas ao nível da avaliação dos impactes ambientais poderá existir algumas avaliações neste sentido.

A presença dos aerogeradores veio para ficar, não haja dúvida, tanto porque representam uma alternativa viável à produção de energia eléctrica por meios convencionais, como por ser um bom investimento, pelo menos para já, para promotores, proprietários dos terrenos e ainda para o poder local.

O facto é que esta variável também deve ser tida em conta na hora do desenvolvimento de um empreendimento eólico, fazendo assim parte da equação custo/benefício, não esquecendo que as alternativas de produção eléctrica passam ou por centrais emissoras de CO2 ou por outras formas de produção que tem igualmente impactes, como as grandes hídricas.

Após a aplicação séria e concreta de uma primeira fase onde todos os desperdícios são eliminados, não sendo possível mais deixar de consumir, i.e., aplicação da eficiência energética, será sempre necessário assegurar os consumos energéticos que ninguém pode dispensar, levando assim impreterivelmente a soluções como a energia eólica.

Como último facto importante, grande parte dos eventuais impactes causados pelas eólicas, são rapidamente internalizados e eliminados na fase final de um projecto, (+- 25 anos), com o desmantelamento e reposição das condições e coberto vegetal existente.

Deste modo a energia eólica é talvez uma das fontes de energia com menor impacte visual real a médio-longo prazo.

JF

Quarta-feira, Abril 08, 2009

E depois do Protocolo de Quioto?

O protocolo de Quioto acaba em 2012.

Depois haverá mais limites, que poderão começar a ser delineados em Dezembro de 2009, na próxima conferência do Clima em Copenhaga.

Provavelmente as licenças de emissões, que em Portugal muitas foram distribuídas gratuitamente, vão acabar.

O novo acordo terá metas mais ambiciosas.

Os Estados Unidos irão assinar (e ratificar) um novo acordo? possivelmente, com a nova administração Obama, sim.

Qualquer que seja o acordo o mesmo irá marcar as próximas duas decadas e poderá ser decisivo na regulação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Sábado, Janeiro 17, 2009

Certificação Energética: o caminho certo?

Nos últimos dias assistiu-se a uma série de notícias onde se anunciava a obrigatoriedade da apresentação dos certificados energéticos no caso das transacções de imóveis (venda e arrendamento).

Ora esta terceira fase , que abrangeu em 01/01/09 os edifícios existentes, já estava prevista a 3 anos. O Sistema de Certificação Energética já previa esta entrada em vigor faseada, pelo que não deveria haver surpresas.

A ADENE devia estar preparada. As pessoas deviam ter sido informadas das vantagens em saber qual o consumo da casa que vão comprar, e das melhorias que podem fazer nas suas casas de forma a poder melhorar a sua eficiência energética, poupando no médio prazo dinheiro.


Não sendo a melhor altura para o mercado do imobiliário, por razões óbvias, o facto é que a poupança energética deve ser mais uma componente de poupança em tempos de crise.

Muitos dos comentários, às notícias em blogs e afins, infelizmente são pouco construtivos e revelam muita falta de informação sobre as vantagens que o SCE vai trazer para as pessoas e para Portugal.

Esperemos que a ADENE esteja à altura do desafio e saiba responder às criticas de forma educativa e informativa.