Domingo, Julho 08, 2007

Live Earth: razões para festejar?

Eventos como o do passado dia 07/07/07 (não confundir com as sete maravilhas), são sempre positivos por um lado, e negativos por outro.


Positivo porque tentam abranger o maior número de pessoas possíveis, principalmente os jovens, através do meio musical e do espectáculo.


Positivo, porque relembra a necessidade de fazer algo em prole de uma causa.


Negativo, porque alguns dos artistas estão longe de ser um exemplo (veja-se o caso da Madona). Não queremos santos, mas para defender uma causa à que começar por nossa casa…

O facto é que, entre o deve e o haver, é possível que tenhamos um saldo positivo do evento, apesar de ser evidente que ele não vai acabar com os problemas das alterações climáticas, como outros eventos não acabaram com a fome.


Resta, deixar a festa e passar à prática, porque nesta matéria não há muito para festejar.

JF

2 Comments:

At 17:31, Anonymous Anónimo said...

Boas

Penso que nesta matéria é sempre de louvar e razão para celebrar o facto de tanta gente pelo mundo fora se preocupar com questões ambientais que estiveram tantos anos na penumbra!!!

Não podemos querer sair das trevas, por assim dizer, e passar logo à iluminação total das mentes. Existe todo um processo de mentalização que tem que começar desde muito cedo.

Penso que vamos no bom caminho, há que dar continuação ao trabalho até agora realizado, porque tem sido, de forma geral, bom.

Dando um exemplo, uma boa forma de nos preocuparmos com o ambiente é pensarmos mais a sério em veículos amigos do ambiente, e que não sejam os famosos híbridos. Esses, por enquanto, consomem muitos recursos para o valor acrescentado que têm na sociedade.

LRNM

 
At 09:28, Blogger Oscar said...

Estamos a caminho do "green consumerism",como diz um artigo de Georges Monbiot (www.monbiot.com),
e do qual Al Gore é paradigma:
Vamos falar mais estilo Eco... e aumentar as emissões de CO2 e outras poluições.
Sabendo-se que a banalização do transporte aéreo é dos maiores responsáveis por emissões CO2, eu não vejo quem fala Eco a REDUZIR essas viagens. Até parece que quem mais viaja, mais se queixa do clima.

No caso da ecologia, verifica-se uma iliteracia própria, adequada ao "Homem da Terra Plana":

-Os economistas falam em desenvolvimento sustentado, como se no mundo finito pudesse haver crescimento infinito (de bens e pessoas). Pudera, a sua ciência, recente, dá o nome pejorativo de estagnação á ESTABILIDADE.
-Os jovens falam muito de reciclar, mas quanto ao primeiro dos 3 RRR - Reduzir - vemos que aderem com entusiasmo ao consumismo e última moda.
-Os fisicos e engenheiros andam a tentar tornear leis tão fundamentais como a de Carnot/Clausius e Gibbs (e mesmo Lavoisier!), e propoem desastres planetários como os bio-combustiveis, esquecendo que a sua produção é o processo inverso da "revolução verde" (e sem esta, o mundo só alimentava 20% da população).
-Os ecologistas (e alem dos eco.americanos andarem muito de helicóptrero) falam de "pegada humana" e dizem por exemplo que a "pegada humana" dos portugueses é DUAS Terras: ora, não era melhor simplesmente dizer, por outras palavras, que Portugal devia ter METADE da população ? (e a América 10x menos). Assumam-se!

O movimento eco. bem quer desvalorizar (como tão bem vimos acima) o facto da Terra ser curta para tanta gente(e tanta legitima ambição), mas com a população actual NENHUM dos seguintes problemas pode ser medianamente resolvido: poluição, aquecimento global, energia, desertificação, bio-diversidade, pobreza, fome.

Nada parece sério no movimento ecológico, mas daqui a 2 ou 3 anos ninguem vai querer saber desta moda, e vão todos andar com preocupações mais urgentes:
É que o máximo geológico da produção de petróleo convencional foi já em 2005, a A.Saudita não está a conseguir aguentar a produção ( www.theoildrum.com/node/2563, www.theoildrum.com/node/2429 )
e é previsto em 2009 começar a decrescer 4% ao ano ( www.theoildrum.com/node/2716 )
Note-se que quando um país diminui a produção em 4%, as exportações geral/ diminuem 30%.

Os transportes podem ser reduzidos,
MAS a grande produção de alimentos e a vida nas cidades não sobrevivem á falta de petróleo! (sobre as energias alternativas falo noutro lado).

 

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