Terça-feira, Outubro 31, 2006

STERN REVIEW: The Economics of Climate Change

Estas últimas semanas tem sido bastante proficuas em notícias sobre o clima. Primeiro com a estreia do filme "uma verdade inconveniente", e muito mais recentemente com a divulgação do "STERN REVIEW: The Economics of Climate Change"., do reputado economista Nicholas Stern.

Começando pelo filme, este baseado parcialmente nas experiências pessoais do ex-vice presidente dos Estados Unidos da América Al Gore, e nas suas conferências ao redor do mundo, Al Gore tenta explicar, de forma simples e directa, o que é o aquecimento global, quais são as evidências cientificas e actuais, as eventuais consequências se não se tomar acções e que acções podem ser hoje tomadas. Apesar do um estilo marcadamente americano, é um filme, ou melhor documentário, bastante recomendado, a sua linguagem directa e carregadamente visual, gráfica e explicativa faz pensar a aqueles que nunca pensaram no assunto e actuar a aqueles que pensaram e ficaram por ai.

Noutra vertente, o relatório Stren é bastante mais complexo, mas muitas das suas conclusões são bastante taxativas:

The benefits of strong, early action on climate change outweigh the costs

The scientific evidence points to increasing risks of serious, irreversible impacts from climate change associated with business-as-usual (BAU) paths for emissions.

Climate change threatens the basic elements of life for people around the world - access to water, food production, health, and use of land and the environment.

The damages from climate change will accelerate as the world gets warmer.

The impacts of climate change are not evenly distributed - the poorest countries and people will suffer earliest and most. And if and when the damages appear it will be too late to reverse the process. Thus we are forced to look a long way ahead.

Climate change may initially have small positive effects for a few developed countries, but is likely to be very damaging for the much higher temperature increases expected by mid- to late-century under BAU scenarios.

Integrated assessment models provide a tool for estimating the total impact on the economy; our estimates suggest that this is likely to be higher than previously suggested.

Achieving these deep cuts in emissions will have a cost. The Review estimates the annual costs of stabilisation at 500-550ppm CO2e to be around 1% of GDP by 2050 - a level that is significant but manageable.

Resource cost estimates suggest that an upper bound for the expected annual cost of emissions reductions consistent with a trajectory leading to stabilisation at 550ppm CO2e is likely to be around 1% of GDP by 2050.

Reducing the expected adverse impacts of climate change is therefore both highly desirable and feasible.

The removal of barriers to behavioural change is a third essential element, one that is particularly important in encouraging the take-up of opportunities for energy efficiency.

Curbing deforestation is a highly cost-effective way of reducing greenhouse gas emissions.

Building and sustaining collective action is now an urgent challenge.

There is still time to avoid the worst impacts of climate change if strong collective action starts now.


Estas e outras conclusões, assim como, para quem tiver mais tempo, o relatório completo, podem ser encontradas em:


http://www.hm-treasury.gov.uk/independent_reviews/stern_review_econo
mics_climate_change/stern_review_report.cfm


Assim, cada vez mais políticos, estudiosos, cientistas, economista, cidadãos, etc., etc., se juntam a consciência global de que é necessário actuar já de forma a minimizar os eventuais (e infelizmente muito prováveis) efeitos dos gases de estufa e as alterações do clima.

Visite o site http://www.climatecrisis.net/takeaction/
onde pode ver o que pode fazer para ?alterar? as alterações do clima, entre as recomendações temos:


Escolha lâmpadas que poupam energia
Quando fizer novas aquisições opte por electrodomésticos que poupem energia
Utilize e cuide correctamente dos seus electrodomésticos
Isole a sua casa
Conserve a água quente
Reduza o desperdício de energia em stand-by
Reduza os quilómetros de condução em automóvel, andando a pé, de bicicleta, partilhado o carro, ou usando transportes públicos, quando é possível
Conduza de forma mais inteligente
Recicle
Saiba mais sobre as alterações do clima
Participe


Estas e muitas mais acções são necessárias para minimizar os erros cometidos no passado, que podem reverte num futuro menos aprazível.

JF

5 Comments:

At 21:06, Blogger Tom said...

Nice site .I like it
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what is that ?

 
At 22:05, Anonymous Duarte Ribeiro said...

Olá!

Chamo-me Duarte Ribeiro, e estive a analisar o vosso sítio e o vosso blogue de opinião, e achei-o bastante útil, organizado e de fácil acesso aos vários temas, de uma forma clara e directa. Eu sou aluno do 12º ano de escolaridade, e na disciplina de Área Projecto eu e mais dois colegas de turma estamos a desenvolver um projecto relacionado com as energias renováveis. E visto que vocês são possuidores de um projecto bastante completo e desenvolvido nessa mesma área gostaria que nos pudessem dar opiniões, ideias e até mesmo planos de trabalho, para que com isso, consigamos com a vossa ajuda um bom desenvolvimento do nosso projecto de trabalho.

Deixo aqui o meu e-mail: enoladuarte@hotmail.com

 
At 15:05, Anonymous Luís Peralta said...

Eu sou uma pessoa muito sensivel as questoes ambientais e gostei muito do vosso blog de opiniao.

 
At 22:34, Blogger Bartolomeu said...

Olá a todos!

Mais uma vez venho deixar aminha opinião apesar de já não o fazer há uns tempos.

No que toca a este tema, gostaria de salientar um aspecto. Se verificarmos, é engraçado que só em alturas de aperto em que tanto o aspecto ambiental (por assim dizer) e o aspecto económico são absolutamente indissociáveis, refiro-me é claro aos choques de petróleo.

Como todos testemunhámos, houve um alarmismo generalizado, que elvou a um desencadear de acções que apenas pecam por só se fazerem nestas alturas.

Vimos de imediato as empresas do sector automóvel a fazerem pesquisa muito intensiva em modelos híbridos, nas células de combustíves, entre outras.

Ora como disse Stern no artigo publicado neste post do vosso blog de opinião, é os efeitos do BAU.

Para finalizar, convido-vos a todos a visitar o meu blog:

http://o-oraculo.blogspot.com/

Espero que continuem com o magnífico trabalho de divulgação que têm tido até agora

 
At 16:29, Anonymous Anónimo said...

Boas

Venho apenas referir que em relação ao que o Bartolomeu disse sobre a indústria automóvel ter intensificado a investigação sobre células de combustível, etc. isso não é bem verdade. As empresas do ramo automóvel já fazem investigação nesse sector à bastante tempo. O que se passa é que não divulgam essa informação de forma generalizada, pelo que a falta de conhecimento do público em geral existe, mas a tecnologia está lá e está a ser aplicada. Basta procurarmos no Google sobre EV's e aparecem muitos artigos acerca do assunto.

O público é que também não está muito interessado nisso, porque se soubessem que é possível fazer uma viagem de Lisboa ao Porto com ?5 de energia ficavam pasmados.

Os veículos 100% eléctricos são fiáveis, relativamente baratos e existem no mercado.

E agora, apenas como remate final gostaria de deixar mais uma vez, bem clara a minha opinião acerca das células de combustível: não valem o dinheiro que se tem vindo a investir na tecnologia. Mas é apenas a minha humilde opinião, claro.

Sem mais de momento

 

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