Segunda-feira, Fevereiro 12, 2007

Investimentos energéticos

A semana passada foi anunciado mais uma procura do ouro negro nas costas lusas. Seguramente não é a primeira e não será a última.

De facto, desde o século passado tem havido diversas pesquisas, mas sem grande sucesso.

A questão, do ponto de vista económico, não é se Portugal tem petróleo mas sim, se os custos de extracção são inferiores ao das receitas obtidas pela venda do crude, uma vez que existe petróleo, mas a quantidade e qualidade normalmente não são suficientes aos preços de mercado actuais.

Seria a "grande sorte" económica, se por acaso fosse atingida uma grande reserva, mas, numa altura que as alterações climáticas estão na ordem do dia, será que andamos a investir (25 milhões) onde devemos?

De facto 25 milhões não são um grande investimento de prospecção petrolífera, mas e se a GALP os investisse em energias renováveis como a solar?

Veja-se o exemplo da BP, na área do fotovoltaico é um dos mais visíveis promotores de este tipo de energia solar. O mesmo não se pode disser da GALP, que em 2001 adquiriu a empresa Ao Sol (fabricante de colectores solares térmicos), e que, passado quatro anos, acabou por vender a empresa a outro grupo empresarial, desistindo desta área de negócios.

Felizmente existe uma consciência crescente, que nas últimas messes tem contagiado os meios de comunicação e a opinião pública com a problemática das Alterações Climáticas.

Seja o filme do Al Gore www.climatcrisis.org, o relatório STERN , ou o último relatório do IPPC , é cada vez mais difícil não acordar para o problema. Um problema que pode ter solução, desde que haja uma vontade mundial para tal. Não devemos entrar em alarmismos, mas também não podemos ficar sentados à espera que os outros resolvam o problema.

As grandes empresas tem também um grande papel, uma vez que são elas que mais poluem e quem mais pode fazer para aumentar a sua eficiência e investir em alternativas tecnológicas mais limpas.

Esperemos que no futuro cada vez mais as grandes empresas vejam as alterações climáticas, não como um entreve ao seu crescimento, mas como uma oportunidade de negócio, motivando-as a ser mais eficientes energeticamente e ambientalmente.

5 Comments:

At 19:35, Anonymous Anónimo said...

Pois, de facto as "grandes" empresas podiam investir mais na energia renovável. Mas e porquê só as grandes? As pequenas também fazem a diferença, sendo em número significativo.

O que se passa é que se formos à página web da Direcção Geral de Geologia e Energia, depois de andarmos cerca de 20 minutos à procura do local certo para sabermos este tipo de informação, descobrimos que a BP é uma das maiores promotoras, é uma realidade. Mas é quase a única. Este fenómeno de investimento da BP na energia solar quase que parece um favorecimento, porque se tivermos em atenção o tempo, verba e acima de tudo muita paciência necessária para podermos licenciar um projecto de energia solar desistimos enquanto pensamos nisso.

Não creio que a iniciativa deva partir primeiramente das empresas, grandes, médias ou pequenas, mas sim do Estado, para simplificar a forma como actualmente se processa tudo isto.

O grande problema aqui é que este tipo de investimento só é rentável por uma razão, sendo essa razão o tão famoso SUBSÍDIO, porque sem subsídio nem a BP apostava nestes projectos.

Há que consultar a maior quantidade de informação possível acerca do tema (coisa nada fácil) e só depois nos conseguimos começar a aperceber da dimensão deste tipo de ideias.

A ideia é muito boa, e politicamente correcta, mas economicamente é uma desgraça. Mas isso é hoje em dia e em Portugal.

Esperemos que um dia Portugal (melhor dizendo, os nossos políticos) acordem para uma realidade muito diferente daquela em que querem viver.

LRNM

 
At 18:20, Anonymous Anónimo said...

O Estado tem compromissos assumidos ao abrigo do Protocolo de Quioto, as alterações climáticas estão aí, e há que tomar medidas. Desde logo pedia-se a "intervenção" do SIMPLEX também nesta área; a burocracia está na génese da nossa administração e a simplificação é um conceito que dificilmente aceita. Depois não reservar as autorizações para implementação de centrais solares aos grandes grupos; o aproveitamento fotovoltaico deve fazer-se, preferencialmente, próximo dos utilizadores para evitar o custo de instalações de transporte e perdas de energia. O governo espanhol já viu isso e não só está a autorizar como a incentivar os "hortos solares" que crescem como cogumelos no paiz vizinho. Daí que seja necessário convocar toda a população para o problema e convencê-los de que o investimento é rentável.

 
At 23:36, Anonymous Anónimo said...

nao só as grandes empresas, porque se formos a ver o que faz a nossa economia crescer são as pequenas e medias empresas, no entanto "já vi muita pequena empresa ficar grande e muita grande empresa ficar pequena. Otávio Ferreira

 
At 21:24, Anonymous Pieter IJZerman said...

Pequenas empresas podem ter muito bons resultados no negócio das energias renováveis. Neste momento, uma das grandes áreas, a nível mundial, de investimento de capital de risco, é precisamente nas energias verdes, em pequena ou em grande dimensão. Nós já conseguimos capital para um projecto (pequena empresa de Produção de Biodiesel), e temos tidos pedidos de investidores para mais projectos.

É de procurar oportunidades.

Facto é que o governo não consegue implementar regras que facilitam o desenvolvimento de uma economia rica; uma economia rica é baseada em pequenas e medias empresas, e algumas grandes.

 
At 15:00, Anonymous Anónimo said...

cumprimentos a todas as pessoas que se interessam por esta área de negócio,numa altura de crise de investimentos queria deixar aqui uma proposta de investimento.
Procuro projectos na área dos parques eólicos e solar com uma capacidade instalada ou Licenciada superior a 5 MW,represento um grupo de investimento que reune investidores de (Espanha,China,EUA e Inglaterra),para contacto podem enviar um email para. ceo.gonow@hotmail.com

 

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