Quinta-feira, Dezembro 21, 2006

Desregulação eléctrica

A intervenção directa do estado na regulação do preço da electricidade, veio causar diversas "convulsões" no país político.

Primeiro, o anúncio da ERSE da subida de cerca de 15% na tarifa de baixa tensão, que segundo o Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação António Castro Guerra, era culpa dos consumidores. (http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1273743)

Com a "boa intenção política" de, no curto prazo não penalizar os portugueses com uma subida da tarifa em baixa tensão na ordem dos 15%, o Governo "regulou" o regulador e impôs um valor na ordem dos 6%.

Um dos resultados mais recentes é a demissão do Presidente da ERSE, Jorge Vasconcelos. http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/
diarioeconomico/internacional/economia/pt/desarrollo/719762.html

Mais um capítulo triste: o parlamento quer ouvir o ex-presidente da ERSE mas o governo acha que não deve.

Com ou sem eventuais razões políticas, o governo acabou por cometer provavelmente um erro, ao imiscuir-se na tarefa primordial da ERSE, a regulação do Sector Eléctrico.

Os resultados a curto prazo podem ser "benéficos", mas no médio prazo poderão tornar-se uma cura pior que o mal, porque no fim alguém tem de pagar a conta, ou apagar a luz!

1 Comments:

At 11:51, Anonymous Anónimo said...

Parece-me que o Português médio, infelizmente, ainda não percebeu que não há almoços grátis... Concerteza a maioria da população aplaude a iniciativa do Governo (caso contrário o Governo não teria feito a asneira que fez). No entanto, como em muitos outros casos, o Governo anda a ocupar-se de assuntos dos quais não percebe nada (por muita boa vontade que tenham, o assunto é muito complexo) sendo o resultado mais provável o de uma asneira que os próprios consumidores virão a pagar, mais cedo ou mais tarde... ou então desliga-se a luz, como se diz, e bem, no post.

As vistas curtas são, como os comentadores gostam de dizer, "um fenómeno transversal à sociedade portuguesa", incluindo desde os menos informados aos mais informados, dos menos responsáveis aos mais altos responsáveis governamentais (que nalguns casos até parecem irresponsáveis), ou seja, pelo menos em Portugal Keynes tinha razão: "no longo prazo estamos todos mortos".

Parecemos o Brasil da Europa mas enfim... por enquanto ainda temos um clima fantástico!

 

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